RJ investirá R$ 4 bi até 2016
Cidade do Rio terá R$ 4 bilhões em investimentos ao ano até 2016
O Rio de Janeiro bateu recorde de investimentos no período de 2011 a 2013. Foram R$ 9,5 bilhões com foco principal em áreas de forte legado como saúde, educação, transportes e urbanização. De acordo com o secretário municipal de Fazenda do Rio, Marco Aurélio Santos Cardoso, os recursos advindos do setor privado não estão contabilizados nesse orçamento. Ele disse ainda que esse ciclo de altos investimentos vai durar pelo menos até o final da atual administração, em 2016, com aproximadamente R$ 4 bilhões investidos ao ano. Cardoso participou, dia 28 de abril, de reunião do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
“Os investimentos do nosso orçamento são principalmente para obras de infraestrutura da cidade. Os corredores BRTs, as obras de urbanização de comunidades, investimentos na área de saúde, de educação. Hoje, o orçamento da Prefeitura tem um espaço de investimentos que é quase 20% de tudo o que a gente gasta e que são direcionados para essas obras de legado. Esse é o foco principal dos investimentos do município”, afirmou.
Ainda de acordo com o secretário, a parceria existente entre os setores público e privado é fundamental para o desenvolvimento da capital fluminense, pois acelera esse processo. Ele citou como exemplo a implementação da Nota Carioca e a criação da Agência de Investimentos da Prefeitura, a Rio Negócios, ambas possibilitadas através de uma parceria com a Casa do Empresário.
“De todos os projetos de Parcerias Público-Privadas do país, os maiores estão aqui em nossa cidade. O setor público tem um duplo papel: performar em áreas que são de sua responsabilidade, como educação e infraestrutura, e trabalhar em parceria com o setor privado. E é isso que a Prefeitura faz com a Associação Comercial do Rio de Janeiro. Nossa parceria, através da Nota Carioca e Rio Negócios, traz ótimos resultados ao município e contribuintes”, assegurou.
Endividamento
O secretário Marco Aurélio Santos Cardoso disse que o município tem resistido bem à desaceleração econômica com um baixo endividamento e uma administração eficiente das despesas obrigatórias, como por exemplo, as folhas de pagamentos. Sobre a recente avaliação positiva da agência de classificação de risco Standard & Poors a respeito da cidade, o secretário aponta outras iniciativas como a redução do peso da dívida em operação com o Banco Mundial, que permitiu ao Rio uma economia de R$ 1 bilhão desde 2010.
“Nós tivemos iniciativas na área de endividamento que reduziram muito o peso da dívida. Talvez a mais importante delas tenha sido essa negociação com o Banco Mundial. O Rio foi o primeiro município no mundo a realizar tal operação com o Banco Mundial. Então, o que temos hoje é um planejamento de uma situação de alto investimento com endividamento moderado. Não estamos comprometendo as gerações futuras da cidade com uma carga de dívidas elevadas e isso é o que o rating demostra”.
Legado
O secretário Cardoso aponta a transformação na infraestrutura urbana da cidade como o grande legado que os Jogos Olímpicos de 2016 deixarão para a população carioca. Segundo ele, o maior desafio da atual administração municipal é fazer com que as pessoas percebam as melhorias n dia-a-dia, e não somente as duas ou três semanas após o evento.
“O grande legado vai ser uma estrutura de infraestrutura urbana muito maior do que nós temos hoje. A grade vitória será conseguirmos - além de fazer um evento que a gente se orgulhe e receber bem todos os turistas - ter uma cidade com outra cara, com infraestrutura de transporte, com uma rede hoteleira melhor, uma cidade mais urbanizada”, concluiu.
Data: 28/4/2014