MDL, do banco Modal, terá construtora

26/06/2012 17:19

Objetivo é tocar os projetos de incorporação que em 2012 devem chegar a R$ 500 milhões em lançamentos

 

 

 

A incorporadora carioca MDL, braço imobiliário do Banco Modal, vai lançar agora mais uma empresa do grupo: a construtora MDL. O objetivo é tocar os projetos de incorporação que em 2012 devem chegar a R$ 500 milhões em lançamentos e outros R$ 350 milhões em entregas.

"Sempre trabalhamos com construtoras terceirizadas", conta o diretor de incorporação da MDL, Flavio Veloso. "Mas víamos que nem sempre o projeto ficava como queríamos, os custos não estavam adequados. Com a experiência, nos tornaremos capazes de realizar os nossos próprios empreendimentos. Assim, conseguiremos ter mais previsibilidade", projeta Veloso.

Em 2001, o Banco Modal criou sua área de "real estate" para investir o dinheiro dos sócios no mercado imobiliário. "Naquela época, as construtoras precisavam de financiamento para realizar as obras e nós fomos um dos que enxergaram a oportunidade", conta o diretor.

Mas, a partir de 2005, quando as construtoras fizeram Oferta Pública de Ações (IPO, em inglês), o mercado começou a não precisar mais do financiamento dos bancos e sim de quem montasse mais projetos e fizesse parcerias para tocá-los, explica o diretor. Por isso, o banco criou a incorporadora MDL, em 2007. "Naquele ano, o faturamento foi de R$ 11 milhões. No ano passado, chegamos a R$ 248 milhões e, neste ano, prometamos receita de R$ 350 milhões."

A nova construtora estará, em princípio, focada no Rio de Janeiro. O mercado é responsável por dois terços da incorporação da MDL, o outro terço está em São Paulo "Lá temos um joint venture com a Alfa Construtora."

A maior parte dos empreendimentos está no mercado de luxo. "É um mercado em que a demanda está aquecida, principalmente no Rio, onde a oferta ainda é menor que a demanda".

Mas a empresa carioca também já fez empreendimentos para o programa do governo federal, o Minha Casa Minha Vida. "Fizemos vários produtos em 2007 e 2008. Foi uma oportunidade que deu bom resultado. No entanto, o risco é maior. Como a margem é pequena, qualquer variação no orçamento afeta seu resultado". Ao todo foram seis empreendimentos com valor geral de vendas (VGV) total de R$ 1,933 bilhão.

Hoje, a empresa tem cerca de R$ 1bilhão em terrenos, com a mesma proporção, dois terços no Rio de Janeiro e um terço em São Paulo. Mas pretende adquirir mais, ao contrário das grandes incorporadoras. Flávio Veloso diz que a decisão dessas empresas de reduzir a aquisição vai criar uma oportunidade. "Isto vai reduzir a pressão sobre os preços e nos permitirá fazer boas aquisições".

O diretor explica que foi preciso investir quase R$ 2 milhões na estruturação da construtora e que para contratar os engenheiros e funcionários foi preciso muitas vezes pagar altos salários e prêmios para retirar os empregados da concorrência.

O objetivo da companhia é que em dois anos a construtora comece a dar retorno, principalmente por conta da economia nas obras e da sinergia da estrutura das duas companhias. "No prazo de um ano, queremos que todas as obras no mercado do Rio sejam feitas por ela", conta Veloso. A primeira delas será um edifício residencial de três e quartos, num investimento de R$ 35 milhões, na Rua São João Batista, em bairro de Botafogo, na zona sul do Rio.

Este ano, a companhia pretende lançar em VGV entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões, com lançamentos de sete a oito empreendimentos, entre eles um edifício comercial sobre o shopping Niterói Plaza e um apart Hotel em Itaboraí. Em na capital de São Paulo, haverá um empreendimento residencial em Alto Perdizes, de 240 m2, outro em Pompéia e um pequeno empreendimento comercial no Ipiranga.

 

Fonte: https://www.revistaprisma.com.br/novosite/noticia.asp?cod=5017